Arte Sacra

Em meados do século XVI chegam ao Brasil os primeiros artistas e artesãos de procedência européia. São barreiros e entalhadores, santeiros e prateiros, arquitetos, mestres-de-obras, pedreiros, marmoristas, carpinteiros e marceneiros que, acompanhando o avanço da catequese e da colonização, constroem e adornam as capelas e igrejas do litoral e do sertão.

Nos séculos XVI e XVII, a imaginária brasileira, em especial a paulista, é caracterizada pelas imagens de barro cozido. O anonimato é predominante na produção colonial, com exceção daquela de origem beneditina. Frei Agostinho da Piedade (1580-1661) e Frei Agostinho de Jesus (1600-1661) representam magistralmente a criatividade dos ceramistas sacros do período seiscentista brasileiro.

Ao lado dos artistas eruditos pertencentes a instituições religiosas, surgem os artistas populares que dão interpretação própria aos modelos clássicos.

Durante o século XVIII e meados do XIX, artistas brasileiros despontam em várias províncias. Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, e Rio de Janeiro passam a ostentar uma arquitetura e arte religiosa suntuosas. É o apogeu do Barroco no Brasil.

A Arte Barroca - Contexto Histórico

A arte barroca estendeu-se por todo o século XVII e pelas primeiras décadas do XVIII. Surgiu em Roma e aos poucos espalhou-se por toda a Europa e América Latina. O barroco assumiu diversas características ao longo de seu tempo e, mais que um estilo artístico, era um estilo de vida. A arte barroca era profundamente católica e foi usada como forma de expressão da mensagem religiosa da Contra-Reforma.

A exuberância da arte barroca foi considerada de mau gosto pelos neoclássicos do século XVIII. Foi em meados de 1750 que a palavra barroco passou a ter sentido pejorativo, designando uma arte extravagante, muito rebuscada.

 

A Arte Barroca no Brasil

O estilo barroco chegou ao Brasil pelas mãos dos colonizadores, sobretudo portugueses. Seu desenvolvimento pleno se deu no século XVIII, cem anos após o surgimento do Barroco na Europa, estendendo-se até as duas primeiras décadas do século XIX.

As primeiras manifestações do espírito barroco foram presenciadas não só em fachadas e frontões, mas também, principalmente, na decoração de algumas igrejas em meados do século XVII. A talha barroca dourada em ouro, de estilo português, espalhou-se pelas regiões do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.

Com a perda da força econômica e política, iniciou-se um período de certa estagnação no nordeste, com exceção de Pernambuco que conheceu o estilo rococó na segunda metade do século. O foco então voltou-se para o Rio de Janeiro, transformada em capital da Colônia em 1763, e a região de Minas Gerais, desenvolvida às custas da descoberta de minas de ouro (1695) e diamante (1730). Não por acaso, dois dos maiores artistas barrocos brasileiros trabalharam exatamente neste período: Mestre Valentim (1745-1813), no Rio de Janeiro e o Aleijadinho, em Ouro Preto e adjacências. E foi na suavidade do estilo rococó mineiro (a partir de 1760) que encontrou-se a expressão mais original do Barroco Brasileiro.

 

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